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Cinema

Imagens do filme O homem-elefante:

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Curiosidades

– O verdadeiro nome do Homem-Elefante era Joseph Merrick, e não John Merrick. A troca de Joseph por John foi feita por Frederick Treves em seus manuscritos, por motivos desconhecidos.

– O diretor Mel Brooks foi um dos produtores executivos de O Homem-Elefante, tendo sido o responsável pela contratação de David Lynch e pela decisão em filmar em preto e branco. Entretanto, para evitar que o público considerasse que o filme fosse uma sátira pela simples presença de seu nome, Brooks pediu que não estivesse presente nos créditos do filme.

– O diretor David Lynch chegou a tentar ele mesmo fazer a maquiagem do Homem-Elefante, mas desistiu após concluir que não conseguiria fazê-la de forma satisfatória.

– A maquiagem do Homem-Elefante levava 12 horas para ser feita a cada vez que era aplicada em John Hurt.

– O orçamento de O Homem-Elefante foi de US$ 5 milhões.

A ilha, Matrix e o mito da caverna

Platão acreditava que este mundo em que vivemos não passa de uma cópia imperfeita de um outro mundo perfeito que ele chamava de mundo das idéias. Aqui no mundo das aparências permanecemos presos às ilusões, às imagens, às opiniões, às falsas promessas, portanto, a tudo que aprisiona o indivíduo no erro. Através do mito da caverna ele ressalta o papel da filosofia de libertar o ser humano desses grilhões que o aprisionam, trazendo-o para a luz da verdade. Para Platão, o conhecimento da verdade proporcionado pela filosofia nos transporta do mundo das aparências para o mundo das idéias; da caverna para a liberdade; da alienação para a consciência; da morte para a vida.

No filme A ilha encontramos o mesmo tipo de abordagem. Um grupo de “pessoas” está preso em um mundo subterrâneo aguardando ser escolhido para viver em uma ilha onde a vida estaria segura de qualquer ameaça. No entanto, tudo não passa de uma ilusão, de um engano, pois na verdade o destino de suas vidas é outro. Até que aparece alguém que, assumindo o papel de filósofo, duvida, questiona, debate e busca a verdade. Esses gestos desmascaram a falsidade e trazem à tona a verdade, e com ela a liberdade.

Já no filme Matrix a grande batalha consiste em libertar as pessoas de um mundo virtual fantasioso e ilusório. Mas a temática principal também é a transição de uma realidade falsificada para uma realidade verdadeira e plena. E essa passagem é realizada através do conhecimento da verdade – “conhece-te a ti mesmo”. No filme, um dos personagens é visto como o escolhido para realizar esta missão libertadora; mas tudo depende da sua escolha e da sua disponibilidade para enfrentar os desafios e os altos preços desta tarefa. Em Platão o filósofo também paga um preço muito caro por defender a verdade e anunciá-la para os outros. É por isso que muitos o renegam e preferem permanecer na escuridão da caverna.

1 Comentário »

  1. O atual cinema latino-americano tem feito grande sucesso mundo afora. A repercussão de filmes produzidos no Brasil, México, Argentina, Chile e alguns outros países pode ser percebida pelo crescimento de público dentro dos próprios centros que os realizaram quanto fora, em mercados estrangeiros. Outro indicativo interessante são as críticas positivas escritas pelos analistas de cinema das mais diversas nacionalidades, entre os quais podemos destacar europeus e norte-americanos.
    “Machuca”, do diretor Andrés Wood, uma co-produção chilena e espanhola, é mais um título a ser destacado nessa vitoriosa safra do cinema latino-americano. E é muito importante que possamos nos ater momentaneamente ao brilho das produções locais para que tenhamos condições de entender o que leva ao surgimento de um grande filme. Essencialmente a base de uma película diferenciada está no roteiro e, obviamente, na história a ser contada.
    O mais interessante de tudo é que, geralmente, o cinema latino-americano trabalha com temáticas universais como o amor, a amizade, as diferenças, os encontros, o medo, a violência, a solidariedade,…
    “Machuca” nos coloca em contato com o Chile do presidente socialista Salvador Allende e, diferentemente do que pode se pensar a princípio, trabalha a dicotomia entre o socialismo e o capitalismo a partir do encontro entre estudantes que estão começando a ingressar na adolescência. O encontro de dois mundos a que me refiro no título desse artigo refere-se justamente aos protagonistas e seus mundos antagônicos, a favela e os bairros nobres de Santiago. Tudo isso ainda vem acompanhado de alguns dramas típicos da transição que vivemos quando temos nossos 13 ou 14 anos e todo aquele turbilhão de hormônios para administrar. É, sem dúvida alguma, mais uma obra sensível e inteligente produzida por nossos “hermanos”.

    Comentário por Jasmim | 25/06/2008 | Responder


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